segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O último e épico episódio de Dexter - Remember The Monsters?

Cuidado - caso não tenha assistido ao episódio pare por aqui: spoilers



  Eu estou em dívida com meus leitores - se é que tenho algum -, e, na verdade, minha explicação não é muito profissional, contudo, espero que entendam. Ando um pouco sem tempo para assistir às minhas séries e, as poucas que assisti e jurei publicar o review, não publiquei. A explicação é simples: Eu não tive comprometimento e nem vergonha na cara. Não prometerei ter agora, mas com certeza me esforçarei mais.

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 Não tinha como deixar de publicar, mesmo que de forma tardia, a minha opinião e visão sobre o último episódio de Dexter. A série me conquistou aos poucos, confesso que não sentia fé na trama ao longo dos primeiros episódios, porém, o psicopata Morgan me conquistou e seu cérebro, forma de pensar e agir, me encheram de curiosidade e entusiasmo.

O Dexter já vinha demonstrando alguns sintomas de sentimento desde que seu filho, o pequeno Harrison nasceu, na verdade, ele demonstrou ser diferenciado de outras pessoas que sofrem de psicopatia quando passou a ser o código instruído por seu pai. Todas as informações que nos são dadas sobre os psicopatas é que eles são extremamente racionais, tão racionais, que esta frieza invalida qualquer tipo de sentimento, mas o Dexter mostrou-se diferente.

Eu sempre soube que o que ele sentia por sua irmã era grande, na verdade, ela realmente era a única pessoa com quem ele realmente se importava, desde o primeiro episódio.

O final da série foi uma surpresa para mim. Muitos fãs da série pediam para que D. morressem em uma cadeira elétrica, já eu simpatizei tanto com o personagem que estou mais no estilo de Deb, eu tenho tanta compaixão por ele, que torci a cada minuto por um final feliz. Acredito que o desfecho escolhido pelos roteiristas foi perfeito, porém um pouco irreal demais para uma série que se mostrou pé no chão durante suas oito temporadas.



Primeiro, ele realmente decide fugir com a louca da Hannah, que confesso ter um pingo de apresso, e depois ele desiste de matar seu maior inimigo pois resolveu ter consciência nos 45 do segundo tempo e, claro, a imagem de seu pai, que o acompanhou durante toda a jornada, some, já cumpriu o seu dever. Eu logo saquei que aquilo daria errado, mas nunca imaginei que quem se prejudicaria mais com tudo isso seria Deb.

O cara foge, atira nela e ainda consegue fugir ferido, buscando vingança no hospital em que foi internada. O Dexter não consegue embarcar, recebe uma ligação e vai correndo ficar ao lado de sua irmã, que, até então, se encontrava em um quadro estável, o que ele não esperava é que isso iria mudar drasticamente.

Ao ver que sua irmã iria depender de aparelhos para viver, Dexter enlouqueceu, friamente, claro. E essa foi a parte que mais gostei. Com Saxon preso, D. deve uma saída brilhante ao matá-lo na prisão em frente às câmaras e fazendo ser e parecer legítima defesa. Arrasou, garoto.

A parte mais triste foi ve-lo se despedindo de seu filho. Quando Hannah embarcou com o pequeno Harry, eu já imaginava que seria a última vez que eles se veriam, e percebi que D. confiava mesmo na moça, visto que deixou com ela a pessoa que mais se importava depois de Deb.



Podem falar o que quiserem, achei lindo ele desligar os aparelhos de Deb e jogá-la no mar. Li em um review que teria sido indigno jogá-la no mar por ser o local onde ele costumava jogar os corpos das pessoas que matava. Eu achei que fez sentido, sempre entendi que apesar de matá-los, ele desejava paz para estas pessoas, e o mar, lugar que sempre amou, seria o local ideal.
A única cena que achei forçada foi a do furacão. Quais as chances reais de uma pessoa sair viva nestas condições? Mas gostei de ele ter saído vivo e procurar viver a vida em algum lugar em que não consiga atingir negativamente às pessoas que ama. Ele, diferentemente de nós ser humanos repletos de sentimentos, demonstrou o verdadeiro amor, altruísta. Ele preferiu viver só, a arriscar fazer mal ao Harrison ou Hannah. Melhor ainda foi que ninguém descobriu a outra face de Dexter.

Mas afinal, ele continuará sendo um serial Killer? Outra falha foi que os outros personagens não concluíram suas histórias. Acredito que seja muito difícil mesmo colocar um ponto final em uma série como esta, porém, aquelas pessoas fizeram parte de toda a trama e como terminaram? Só os roteiristas sabem, ou, nem mesmo eles.

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Eu vou morrer de saudades de Dexter e acredito que séries como esta e House são para se lembrar, comentar e, se preciso, assistir mais de uma vez desde o começo para que possamos realmente entender.
 Encerro com uma frase de Dexter Morgan que adoro:"
Se eu tivesse um coração, ele estaria partido nesse momento."

Ludmilla Amaral